Uma grande amiga (que por acaso é também minha irmã) me perguntou por que ainda não recomendei A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS de Markus Zusack. Imperdoável realmente! Editado em 2007, o livro tem como narradora a Morte. Não, não é um livro triste. Não? A história se passa durante a Segunda Guerra numa cidadezinha da Alemanha. Fala de uma menina, Liesel, que engana a Morte e rouba livros.O gosto de roubar livros deu à menina uma alcunha e uma ocupação.A sede de conhecimentos deu-lhe um propósito. Então, o que é que faz com que o livro não seja triste? A ESPERANÇA. Esse é um daqueles livros que nos faz crer na bondade dos homens (de alguns) e a confiar que dias melhores virão. Os personagens não perdem tempo lamentando seus males mas encontram um objetivo para superar a época tempestuosa em que vivem. A verdade é que o livro é fantástico e eu realmente já devia tê-lo indicado. Nunca é tarde, porém.
Leiam A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS. Depois me contem se minha irmã não tem razão!
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Ando pensando nos meus velhinhos prediletos, Chico Buarque, Caetano Veloso e Ivan Lins entre outros. A genialidade não envelhece, felizmente!
Chico escreveu um livro, foi a Paraty e ainda compôs um samba maravilhoso para o Diogo Nogueira gravar (Sou eu). Ele já tem 66 anos. Teve uma lesão no joelho e está sem poder jogar o futebol que adora. Segundo ele, é praga do velho, uma alusão ao personagem de seu LEITE DERRAMADO. Continua genial.
Caetano gravou um novo álbum Zii e Zie (que em italiano significa tios e tias) é o protagonista do documentário Coração Vagabundo. No filme ele aparece sem roupa fazendo a barba. Podemos observar que ele é bem dotado quem diria! Continua polêmico. É dele a melhor descrição de rabugice que conheço: “um humor de quem já não espera nada”. Caetano já tem 67 anos.
Ivan Lins continua compondo. Já tem 64 anos.Divide o palco com seu filho Cláudio Lins no Teatro Rival. Os dois lançam o último álbum. O pai lança o 38º da carreira, o filho lança o segundo. O autor do sucesso “Aos nossos filhos” onde dizia “perdoem a falta de abraços, os dias eram assim” e também “ quando colherem os frutos façam a festa por mim” está colhendo os frutos de uma vida bem vivida. Os dois tocam maravilhosamente.
Gosto de pensar nos que envelhecem bem. E com lucidez. Estou tentando envelhecer assim.
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A propósito de livros, vi uma reportagem sobre o “livro eletrônico”. Um dispositivo que permite a armazenagem e a leitura digital de livros, jornais e afins. Os leitores digitais são equipamentos eletrônicos com um sistema operacional básico, que permite às pessoas carregarem para todo lugar uma pequena biblioteca digital. Outra característica dessa novidade é o peso: pelo fato de o foco estar na portabilidade, esses aparelhos precisam ser bem leves.
A tecnologia já está bastante difundida nos EUA . Por lá já tem até concorrência entre empresas. A Amazon lançou o Kindle por US$ 480,00. A Sony tem seu Reader Pocket Edition que custa cerca de US$300,00.A iREX tem o Digital Reader 1000 que custa em torno de US$800,00.
Cada leitor digital pode armazenar até 3000 livros. Os livros podem ser comprados via Internet. Cada volume custa cerca de U$$ 9,90.
Apesar de a tecnologia existir há alguns anos, os leitores ainda não se popularizaram. Parte pelo custo do aparelho, parte pelo fato de as pessoas acreditarem que não vale a pena ter um aparelho para ler livros. Esse cenário pode mudar, pois as diversas aplicabilidades desse tipo de dispositivo vai além dos livros. Com eles, podemos acessar conteúdos como jornais e documentos de trabalho. Processos judiciais digitalizados ficariam de fácil acesso a juízes e advogados. A integração com sistemas de certificação digital daria a esse tipo de dispositivo a possibilidade das pessoas efetivamente assinarem um documento que seria automaticamente validado pelo sistema.
E você? Gostaria de ter um aparelhinho destes? Ou você é daqueles que nem pensam em substituir o hábito de mudar as páginas de um bom livro?
Bem, eu sou louca por novidades. Vi o primeiro GPS há nove anos atrás e hoje não saio de casa sem ele. Só preciso saber se os livros vêem escritos em português. Sei que com um modelinho destes posso até dispensar os óculos. A letra aumenta de tamanho!
* Délnia Pinheiro Rangel é artista Plástica.
Um comentário:
Tem uma confissão a fazer: não aguentei ler A Menina que Roubava Livros até o final, achei muito chato... Perdão, Del! Se disser que li "Travessuras da Menina Má" por indicação sua estou perdoada?
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